2007-04-19

A POBREZA NO MUNDO

A luta contra a pobreza hoje em dia, é um dos grandes combates da humanidade. Com a globalização económica, pensava-se que as assimetrias sociais seriam facilmente esbatidas mas na realidade elas têm-se agudizado.

O neoliberalismo que inundou quase todo o Globo, tem provocado por um lado uma aceleração económica de alguns países e autênticos desastres em outros que não estavam preparados para receber tão repentinas mudanças.

Infelizmente ao desenvolvimento económico provocado pela globalização, não correspondeu uma melhor repartição da riqueza criada, mas bem pelo contrário, assiste-se cada vez mais a um crescente número de excluídos e marginalizados do sistema.

Constata-se ainda o enfraquecimento da classe média em alguns países e ao seu quase desaparecimento em outros.

A riqueza tem-se concentrado cada vez mais e a pobreza tem-se expandido sem que apareçam mecanismos democráticos que atenuem essas assimetrias.

Cada vez se acredita mais no mercado como regulador de toda a actividade económica e social e assim se vai permitindo o alargamento das desigualdades.

A democracia tem-se esquecido de criar mecanismo, que contrariem pelo menos essa tendência e com o generalizar da revolução tecnológica vamos ter de enfrentar taxas de desemprego, que obrigarão a mudanças estruturais profundas.

O conceito de pobreza pode ser entendido de diversos modos:

- Como carência material; envolvendo as necessidades básicas do quotidiano como alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde.

A pobreza afecta uma grande parte da população no mundo, enquanto várias pessoas vivam com muito, outros vivem com menos de um euro por dia ou até sem nada, procurando a sobrevivência naquilo que a sociedade de consumo desperdiça.

Falta de recursos económicos; nomeadamente a carência de rendimento ou riqueza.

Carência Social; como a exclusão social, a dependência e a incapacidade de participar na sociedade incluindo a educação e a informação.

Carência energética para mudar o que não pode ser mudado, falta de auto estima, baixa espiritualidade.

As causas de pobreza resultam de um conjunto de factores, tais como:

Políticos; corrupção, inexistência ou mau funcionamento de um sistema democrático, fraca igualdade de oportunidades.

Económicos; exploração dos pobres pelos ricos.

Financeiros; como sistema fiscal inadequado, representando um peso excessivo sobre a economia ou sendo socialmente injusto.

Sócio-culturais; reduzida instrução, discriminação social relativamente ao género e à raça, valores predominantes na sociedade, exclusão social, crescimento muito rápido da população.

Naturais; desastres naturais, climas ou relevos extremos.

Problemas de saúde; pandemias, drogas ou álcool, doenças mentais, doenças da pobreza como sida malária, deficiências físicas.

Factores históricos; colonialismo, passado de autoritarismo politico e por último o factor insegurança; guerras, genocídio e crime.

O facto de haver um elevado número de pobreza no mundo, leva a que esta tenha inúmeras consequências sobre a população.

Fome, baixa literacia, baixa esperança média de vida, doenças, elevada criminalidade, falta de oportunidades de emprego, carência de água potável e de saneamento, emigração, maiores riscos de instabilidade politica e violência, existência de discriminação social contra grupos vulneráveis, existência de pessoas sem abrigo, tráfico de pessoas, prostituição, depressão e adição a álcool e drogas são muitas das consequências da pobreza por todo o mundo e por todas as sociedades que nos rodeiam.

O combate à pobreza é considerado um objectivo social e geralmente os governos dedicam-lhe uma atenção significativa.

Mas é também através das relações sociais que são nesse caso consideradas como um elemento chave, que podemos compreender a pobreza, que é considerada um problema para lá da economia

Os dez anos de governação Socialista na Região Autónoma dos Açores, trouxe nesta área mudanças significativas, investindo em programas e acções que vieram melhorar e erradicar problemas sociais que existiam na nossa região a nível de habitação, exclusão social, emprego, educação, na criação de melhores cuidados de saúde, etc.

Todos nós em conjunto com o governo e as entidades responsáveis podemos procurar medidas para melhorar o ambiente social e a situação dos pobres.

Estas medidas podem começar, pelo encorajamento à participação politica, à colaboração comunitária e também passar por fazer trabalho social e voluntário.

O voluntariado é um fenómeno imprescindível para uma sociedade que se quer solidária e não apenas de competição e concorrência, sendo o voluntariado a marca, por excelência dos laços sociais, livres e coerentes, como uma grande resposta às diversas e constantes necessidades existentes na sociedade actual que isola, marginaliza e excluiu, mas também deve inserir, reencontrar e reparar.

Ser voluntário é contribuir para a humanização da vida e ao mesmo tempo a melhoria da sociedade no geral, criando e produzindo novos valores e práticas harmoniosas, para transformar o mundo em que vivemos num lugar melhor.

Na época que atravessamos, onde, a informática e o desenvolvimento tecnológico cada vez mais cria relações virtuais, o voluntariado trás aos homens e mulheres do nosso tempo uma proximidade mais fraterna e que através da boa vontade em todos os dias da sua vida, com disponibilidade e descrição exercem as suas competências a favor de um mundo melhor, tentando acabar com este grande flagelo que a todos nós preocupa a pobreza.

Por isso, as politicas implementadas neste sector, pelos Governos do Partido Socialista nos Açores, são e continuaram a ser as políticas do crescimento, do desenvolvimento e da continuação da melhoria de vida de todos os Açôreanos, continuando sempre mas mesmo sempre a mudar os Açores para melhor.

A Sociedade do Futuro

- A globalização e a deslocalização de empresas

- O emprego, desemprego e sub-emprego

- As quotas de produção

- A evolução do sistema económico

- A especulação financeira

- O preço do petróleo e a nossa dependência

- As energias alternativas

- O choque tecnológico e emprego ou desemprego

- A Segurança social

- Que modelo de desenvolvimento

- Soluções

- Reduzir horário de trabalho? O Rendimento Social de Inserção. Tempo para a criatividade.

- Trabalho em casa. Internet.

- Se a economia funcionar bem haverá menos empregos e não mais.

- Atraso nos pagamentos.

Ultimamente muito se tem falado em “choque tecnológico” como solução para os nossos problemas socio-económicos. O que se pretende é não aumentar os impostos mas criar mais riqueza e menos despesa.

Ao mesmo tempo cobrar mais impostos àqueles que sistematicamente fogem recorrendo aos esquemas diversos.

Na situação em que as economias se globalizaram as interdependências tanto podem funcionar no sentido positivo como negativo., depende da perspectiva de como se olha o problema. A globalização leva a que as empresas se deslocalizem para as zonas onde os custos, sobretudo salariais, são mais baixos e se estiverem perto das matérias-primas e de bons locais de escoamento ou de consumo, ainda melhor. Estamos a falar de empresas semelhantes às que temos hoje com tecnologia digamos «normal».

O que é que se pretende com o choque tecnológico?

Pretende-se que as empresas utilizem tecnologia de ponta, isto é, a mais moderna possível. Durante a última campanha para as europeias um candidato visitou com a sua comitiva duas fábricas ultramodernas e segundo escreveu um jornalista, tão moderno que quase não tinham trabalhadores. Pois estas são as fábricas quase ideais. Porque as ideais são vão ter patrões já não tem empregados. Será a altura em que a maioria vai nascer e morrer sem ter o prazer de trabalhar. E já neste século segundo alguns. Mas é claro que ninguém quer discutir este assunto aos olhos de todos, mas os que comandam o Mundo discutam-no abertamente nas suas reuniões secretas. Claro que eles estão preocupados com a manutenção do sistema e os seus privilégios. Isto, claro à escala mundial.

Não parece fácil sair deste imbróglio sem graves problemas sociais. Aliás o sistema está a «chutar» cada vez mais gente para o seu exterior que a invenção do rendimento mínimo a nível de países desenvolvidos é já a aceitação dessa realidade que se está a iniciar.

Não é por caso que o «popular» Paulo Portas antes de entrar para o Governo anterior, tanto falava em acabar com o rendimento mínimo assim como alguns do PSD e depois de lá estarem só lhe mudaram praticamente o nome. Estes demagogos que jogam com ignorância da maioria deveriam ter sido desmacarados na altura. Mas a memória política das pessoas é amnésica.

Voltando ao choque tecnológico. Argumentarão alguns, mas quando se passou dos teares manuais a mecânicos também foi de tal maneira complicado que alguns operários até partiram as máquinas. Nem é preciso ir tão longe, um operário que trabalhou numa fábrica da Renault em França, nos anos sessenta, costumava contar que alguns operários provocavam avarias mecânicas sobretudo nas máquinas que provocavam doenças graves, algumas até provocavam distorções graves na coluna. Também conta que o trabalhador que mais tempo aguentou era Nigeriano, apenas sete meses. Essas máquinas hoje devem ser robôs certamente, mas robôs serão todas felizmente para que o homem deixe de ser um escravo escravo deste trabalho e se possa dedicar exclusivamente á criatividade e lazer. É tão alienante o trabalho para alguns, que morrem pouco depois de se reformarem.

O problema deste choque tecnológico é que não vão ter certamente trabalhadores para parti-las. Talvez nessa altura o único emprego que reste seja de guarda ou de técnico de reparação mas só se não existirem robôs a reparar robôs. Até os policias vão ser desnecessários, um chip ou uma coleira em cada um que nasce, tipo das que usem os presos domiciliários e está o problema resolvido. E assim para quê tanto policia. Chips e máquinas de filmar micro todo o lado. Serão Estados completamente pidescos de tal modo que ninguém vai poder fugir a não ser os mandantes que continuarão a ter imunidade não digo parlamentar porque segundo Toffler este modelo já estava ultrapassado quando quando se deu a revolução Francesa. O virá no futuro não se sabe, mas, tudo pode acontecer.

Hoje em dia já temos tecnologia para criar uma sociedade destas.

É só uma questão de tempo.

Já não é utópico, face á tecnologia de hoje pensar assim.

Claro que grande parte do universo ainda é subdesenvolvido mas eles não precisam de passar pelas nossas fases todas. Se inverterem na educação podem dar alguns saltos. Vejam-se o caso da China e da Índia como estão a saltar etapas. Não posso deixar de chamar a atenção para um erro grave relativamente a estes países. Acusam-se estes países de estarem a fazer uma concorrência desleal. Atenção os produtos chineses só o são porque vem da China mas não nos podemos esquecer que são produtos na sua maioria de multinacionais onde já estão quase todas. E por isso não pode haver boicote pois então não são as multinacionais que governam o planeta. Aqueles países são um paraíso para os investidores. Além de ser tudo barato ainda dispõem de polícia gratuita para bater no pessoal que se revolta. «Santo comunismo empresarial aquele».

Nós por cá vamos inventando quotas para isto não cair. É outro aspecto interessante, o das quotas. Não tem lógica, isto das quotas sobretudo para os liberalistas. Assim o sistema não se desenvolve tão rapidamente. Pois não era mais lógico deixar produzir o que cada um quisesse e assim rebentava-se com «inúteis» e ineficazes produtores?

Isto era verdadeiramente deixar funcionar o sistema. Assim chegaríamos mais depressa ao fim dele e com novo à vista. Assim estão atrasar tudo. Estão com medo que nos comemos uns aos outros? Isto mais parece o jogo do «Burro». Ninguém quer tirar a última carta. Mas é tudo apenas uma questão de tempo.